Os carrapatos-estrela (Amblyomma cajennense), também conhecidos como carrapatos-de-cavalo, são espécies de aracnídeos também encontrados em animais domésticos, como por exemplo cães e gatos, inclusive os que vivem dentro de casa.
Carrapatos-estrela têm a aparência de escudo em forma de estrela no dorso, que varia em tamanho e forma. A coloração pode variar de marrom a cinza, dependendo da espécie e do estágio de desenvolvimento.
O tamanho dos carrapatos-estrela também varia, atingindo até 2 cm de comprimento quando completamente desenvolvidos. Sua disseminação é muito rápida, visto que a fêmea pode depositar mais de 5 mil ovos no ambiente.
Carrapato-Estrela: entenda porque ele é tão perigoso
Aracnídeos ectoparasitas, os carrapatos-estrela são lembrados por causar muita coceira. Eles são muito resistentes, têm uma vida longa e podem sobreviver por meses sem se alimentar, esperando as condições ideais para entrar em ação.
Infelizmente, porém, o sintoma está longe de ser a única consequência das picadas para cães e outras espécies.
Hematófagos, os carrapatos-estrela dependem do sangue de outros seres vivos para sobreviverem. Para isso, eles colocam o aparelho bucal na pele do hospedeiro e alimentam-se do sangue. O problema é que, ao fazer isso, eles “despejam” micro-organismos perigosos na corrente sanguínea do animal afetado.
No caso da transmissão de doença de carrapato-estrela, uma das maiores preocupações é com a bactéria Rickettsia rickettsii, agente patogênico da febre maculosa, além da doença de Lyme, também transmitida pelo carrapato.
Principais Hospedeiros
Animais selvagens: capivaras, cervos, tamanduás, pacas, e tatus.
Animais domésticos: Animais domésticos (cães e gatos) e animais de criação, como, por exemplo, bovinos, equinos e ovinos.
Seres humanos: Os carrapatos-estrela também podem parasitar seres humanos.
Febre Maculosa: um dos principais riscos do carrapato-estrela
A transmissão acontece a partir da picada do carrapato-estrela.
Febre alta, dor de cabeça e no corpo, dores musculares e articulares, dores abdominais, vômito, diarreia, surgimento de manchas avermelhadas na pele, mal-estar generalizado e náuseas são alguns dos sintomas que podem indicar a febre maculosa.
A semelhança dos sinais com os de outras doenças, como a dengue, podem atrasar o diagnóstico e o início do tratamento.
Para reduzir os riscos de infecção, os carrapatos devem ser removidos do corpo com todo cuidado. Em outras palavras, a ideia é retirar o carrapato delicadamente. Com uma pinça, você torce ele até que essa boca consiga sair da pele.
Em cães, os carrapatos alojam-se nas orelhas e nas patas dos animais, causando grande incômodo, perda de vitalidade e até mesmo infecções secundárias.
Vale lembrar que a bactéria está na saliva do carrapato. Portanto, quando apertamos ou esmagamos, o carrapato pode inocular mais saliva contendo bactérias capazes de causar doença. Não queime, não esmague, não faça nada disso para remover o carrapato.
Essa doença requer tratamento médico imediato. O tratamento precoce é essencial para evitar complicações graves.
Medidas Preventivas
No Brasil, os carrapatos-estrela são comuns em áreas rurais e silvestres, principalmente em regiões de vegetação densa e úmida.
Evite áreas de mata densa, use roupas de mangas compridas e calças, aplique repelentes de insetos e realize verificações regulares no corpo para remover qualquer carrapato o mais rápido possível, reduzindo assim o risco de transmissão de doenças.
É importante tomar medidas de precaução ao frequentar áreas onde os carrapatos estão presentes, como, por exemplo, evitar sentar no solo e expor partes do corpo desprotegidas à vegetação. Utilize roupas claras que facilitem a visualização dos ectoparasitas ao entrar nestes locais.
Aplique carrapaticidas em seu animal de estimação e tente deixá-lo sempre com pêlo mais curto.
Além disso, mantenha o gramado ou mato aparado próximo aos locais de criação dos animais e de áreas de circulação de pessoas.
Não se esqueça de que os carrapatos espalham-se por toda a casa, escondem-se em frestas, fendas e rachaduras, e em locais onde os animais domésticos têm contato com maior frequência, como camas, almofadas e cobertores.
Portanto, capriche na limpeza da casa, troque as roupas de cama, as capas das almofadas e aspire bem cada ambiente, principalmente para a remoção dos ovos dos carrapatos.
Além disso, procure o auxílio de um profissional especializado em controle de pragas que realize a aplicação de defensivo químico para proteção do seu lar.
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